O governo federal estuda unificar benefícios trabalhistas como FGTS, seguro-desemprego e abono salarial para diminuir despesas e equilibrar as contas públicas.
O governo federal analisa a possibilidade de unificar benefícios e mecanismos trabalhistas como uma estratégia para diminuir despesas.
De acordo com o Poder360, a equipe econômica trouxe essa proposta para discussão, que ainda será avaliada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ideia é que a reestruturação dos benefícios sociais possa reduzir os custos administrativos sem eliminar esses programas.
Entre os benefícios que podem ser alvos dessas mudanças estão o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) , o seguro-desemprego e o abono salarial.
A expectativa é que a unificação dos processos administrativos para gerenciar esses programas traga uma economia significativa, uma vez que administrar um conjunto de programas unificados é mais barato do que gerenciá-los separadamente.
A equipe responsável pela gestão de despesas está priorizando a análise de programas e benefícios que apresentam irregularidades e que necessitam de revisão.
Existe ainda a possibilidade de integrar alguns fundos e mecanismos relacionados ao mercado de trabalho a programas sociais, como o Bolsa Família.
Revisão de gastos
A discussão sobre a revisão de gastos ganhou destaque na semana passada após declarações públicas da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, sobre a necessidade de acelerar esse processo.
As declarações ocorreram em um momento de desconfiança do mercado quanto à política fiscal do governo.
“Temos agora um dever de casa sobre o lado da despesa. Se os planos A, B, C e D já estão se exaurindo para não aumentar a carga tributária pela receita, sob a ótica da despesa, nós temos os planos A, B, C e D, que estão sendo formulados pela equipe do Ministério da Fazenda com o Ministério do Planejamento e Orçamento”, afirmou a ministra.
Equilíbrio nas contas públicas
O governo assumiu o compromisso de equilibrar as contas públicas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estabeleceu como meta que os gastos do ano sejam iguais às receitas, buscando um déficit zero. Para isso, será necessário aumentar a arrecadação e cortar despesas.
Contudo, esse objetivo tem sido alvo de críticas por parte de analistas do mercado, que apontam que poucas medidas foram adotadas para reduzir os gastos, com foco predominante no aumento da receita. O próprio governo reconhece essa situação.
Essa proposta de unificação dos benefícios é vista como uma tentativa de cumprir as promessas de ajuste fiscal sem recorrer a aumentos na carga tributária, um caminho que poderia encontrar resistência tanto no mercado quanto na população.
Com informações adaptadas do Poder 360
Fonte: Portal Contábeis (Link da matéria original)